Capítulo 35





– Chris

No avião, Harry me abraçava ao seu lado me dando leves beijinhos enquanto eu tentava me concentrar em observar a paisagem lá embaixo. Sua mão fazia um carinho delicioso em minha perna e eu já sentia as sensações boas de estar sozinha ao seu lado durante uma semana.

– Você me faz tão bem. – Harry sussurrou entrelaçando nossos dedos e deitando a cabeça em meu ombro. Sua respiração calma ventilava meu pescoço e eu sorri acariciando seus fios curtos.

Apaixonados. É assim que eu nos defino. E extremamente apaixonados. Deve ser a melhor coisa dessa vida até agora.

– Senhoras e senhoras, por favor , apertem os cintos. Vamos aterrizar. – uma voz serena avisou pelos pequenos alto falantes do avião.

Harry segurou minha mão, prevendo que eu já faria isso. Sempre tenho medo e fico mais satisfeita dele também estar ciente disso. Assim não fico parecendo uma louca.

Pegamos nossas malas e desembarcamos no aeroporto já á noite. As estrelas estavam lindas no céu, já dava pra ver na saída. Harry já tinha alugado um conversível e iria dirigindo até um “lugar secreto”. Ele fez questão de não me contar onde iremos. Em certas partes, odeio surpresa e ele sabe muito bem disso.

– Põe o cinto, moça. – ele deu um sorrisinho torto e deu uma pisada violenta no acelerador, fazendo o motor chamar um pouco de atenção.
– Menos Harry. Menos. – disse rindo.








***




Harry foi desacelerando na entrada de um porto. O horizonte era extremamente escuro e as águas do mar só não era confundidas com o céu estrelado por conta da iluminação de alguns cruzeiros ao longe.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntei murmurando enquanto ele saía do carro e eu fazia o mesmo. De repente Harry era um garoto provocante e cheio de sorrisos maliciosos, que eu já não via há muito tempo.

Aquela camisa social preta aberta até o terceiro botão e aquele cordão com crucifixo pendurado no pescoço, entre as tatuagens dos pássaros… Uou! Eu já disse o quão perfeito Harry fica de camisa preta?

– Boa noite, senhor Ross. – ele apertou a mão de um homem que provavelmente estava nos esperando no cais. Sua outra mão segurava minha cintura e minha bolsa. – O barco está pronto?
– Prontíssimo. – sorriu. – Está bem abastecido e vocês devem chegar bem rápido ao Iate.
– Iate? – olhei Harry de lado. Ele apenas deu um pequeno sorriso e continuou conversando com o homem.

Argh, odeio ser a última a saber de tudo.

– Obrigado, Ross. – ele disse depois de pegar uma chave com o senhor de roupas de pescador. – Vou pegar nossas malas.
– Harry, nós vamos aonde? – comecei a perguntar preocupada.
– Ei, relaxa! Vamos pra nossa lua de mel, está bem? – ele sorriu com a minha cara curiosa e tirou nossas malas do banco de trás da Ferrari.

Relaxar, relaxar… Isso precisa entrar no meu dicionário a partir de hoje.

– Vem, meu anjo. – ele me deu a mão e entrei cuidadosamente no pequeno barco a motor na beira do cais. Levei um pequeno tropeço e avancei apressada demais, tendo que me apoiar nos braços fortes de Harry. Ele riu e me ajudou a ficar estável novamente. – Tá meio nervosa. Tá tudo bem?
– É que você está muito misterioso.

Harry sorriu e me selou.

– É melhor se sentar. – disse se sentando atrás do volante do barco. Sentei no banco ao lado e coloquei a bolsa sobre meu colo. Olhei para o lado e somente um enorme véu d’água negro. Odeio mar á noite, morro de medo.

O motor começou a puxar um pouco d’água atrás e o barco começou a se mover, primeiramente, lento e um pouco torto em direção ao horizonte. Logo ele pegou o ritmo e as vezes dava pequenos saltos na água com a rapidez. O vento estava bagunçando todo o meu cabelo.

Levamos alguns minutos até chegar á uma parte que eu considerava “meio do mar”. Passamos em uma distância considerável de alguns navios, mas o barco nunca parava. Me perguntava se Harry estava me levando para algum tipo de ilha com uma selva perigosa e passaríamos nossas noites de lua de mel como aqueles sobreviventes de Lost. Mas eu achava melhor ele não fazer isso ou eu o mataria em plena lua de mel. Selva não é nada romântico, além de perigosa e cheia de animais ferozes e rastejantes. Ugh!

Mais vinte minutos intermináveis em velocidade rápida e constante no mar e estávamos nos aproximando de um Iate ancorado perto de uma praia deserta. Não tão perto da praia, obviamente mais no fundo, só que… Argh, não sei explicar. Só sei que dali já podíamos ver uma terra firme. Um pouco longe, mas podíamos. Isso era só pra ter noção de quanto andamos naquele barco.

– De quem é esse Iate? – perguntei deslumbrada com o tamanho daquela navegação enquanto Harry me ajudava a subir nela.
– Agora é nosso. – ele piscou e terminou de subir nossas malas pra subir logo em seguida.

Andei pelo lado exterior até chegar a frente, onde havia um bico na ponta e me lembrava muito Titanic. Olhei para o alto, havia um segundo andar com varanda e uma mesa de café da manhã com guarda sol de palha. Havia uma porta dupla de vidro na minha frente e o interior era luxuoso.

Abri a porta e tirei os sapatos, deixando-os no canto. Dois sofás beges, um de frente pro outro, no centro do espaço que era revestido de vidro transparente, dando visão para o fundo do mar. Me causava enjôo, mas provavelmente pela manhã deve ser mais admirável. Parei em cima do mesmo, só pra saber como era a sensação de pisar no fundo do mar. Ok, esquece o que eu disse. Foi imbecil.

– Gostou? – Harry entrou com uma mala em cada ombro e as largou no chão.
– Isso aqui não quebra, né? – bati com o pé direito em cima do vidro e Harry sorriu.
– Eu espero que não.
– Hm, que ótimo! – disse irônica. Me sentei no sofá e senti o tecido comprimir minhas costas, como se fosse alguma massagem. Oh, sim, eu estava adorando aquele Iate.
– Está com fome? – escutei sua voz ainda na mesma distância que estávamos. Meus olhos estavam fechados, aproveitando aquela sensação boa.
– Não tanto.
– Vou dar uma olhada na cozinha, ver se está abastecida. Se não, teremos que ligar amanhã cedo para o Ross nos trazer um estoque. – escutei seus passos passarem por mim e irem além da sala de estar.

Meu celular vibrou no bolso do jeans e eu dei um sobresalto assustada.

– Alô?
– Tô atrapalhando algum momento hot do casal?
– Eleanor! – ri. – Como conseguiu me ligar?
– Tentei muitas vezes, mas agora consegui. Por que está dando tanto fora de área?
– Estamos em alto mar. – ri e levantei do sofá. Andei descalça até a varanda do Iate.
– Ai, meu Deus! Mentira! – ela disse histericamente e escutei Louis mandá-la calar a boca do outro lado. Uhum, eles são sempre assim. Muito carinho, muito afeto e educação. – Cala a boca, você, Louis. – ela rebateu irritada. – Mas me conta, como assim em alto mar?
– Pelo o que parece, Harry alugou um Iate para passarmos nossa lua de mel.
– Awn, que lindo.
– Realmente lindo, Eleanor. Você não faz ideia do tamanho desse negócio só pra nós dois.
– Olha, não vai fazer feio, hein. Arrasa pro Styles!
– O que?
– Você levou boas lingeries, né?
– Vai começar, Eleanor? – revirei os olhos e ri.
– Fala sério, Chris. Sei que você também está esperando pela melhor parte da lua de mel. – pude ouvir seu risinho abafado e malicioso.
– Sem comentários. – ri. – Els, vou desligar. Harry está voltando.
– Tudo bem. Se divirta! Beijos.
– Obrigada, beijos. – apenas apertei desligar e senti as mãos de Harry pegando minha cintura contra o seu corpo.
– Champanhe? – ele sussurrou no meu ouvido, colocando uma taça á minha frente. Me virei e peguei-a da sua mão. Agora a blusa de Harry estava totalmente desabotoada e por mais que aquilo ainda me intrigasse, aquela borboleta continuava sexy aos meus olhos. – Estava no telefone?
– Uhum, era a Eleanor. – terminei de beber um pouco e deixei a taça sobre o parapeito. – Falando besteiras como sempre… – disse e ele riu.
– Eu não consegui achar nada de interessante pra gente comer.
– Não tem problema, amanhã a gente come algo. – sorri e passeis meus braços em volta do seu pescoço, o puxando pra mim. – Obrigada por isso tudo, está perfeito. – sussurrei perto dos seus lábios e ele sorriu satisfeito.
– Você é quem faz isso tudo ficar perfeito.

Sorri e suguei seu lábio inferior, fazendo um carinho simples em sua nuca e pude sentir seus pequenos pelos se arrepiarem por baixo das minhas mãos.

– Hm. – ele murmurou aprovativo e cruzou os braços em volta da minha cintura, descendo gradualmente.

Tirei a taça da sua mão e coloquei-a sobre o parapeito. Harry observava cada ação curioso, sempre com aquele sorriso safado no rosto. Apoiei minhas mãos timidamente em seu peito, podendo sentir cada compasso do seu coração acelerado. O meu devia estar da mesma forma e podia piorar se ele me olhasse daquele jeito fatal que ele faz pra me ganhar de bandeja.

Simplesmente desfiz o primeiro botão e olhei em seus olhos. Ele piscou e sorriu, fazendo minhas pernas bambearem. Desfiz outro e a cada um que meus dedos passavam, ele me guiava com suas mãos calmas, fazendo explorar seu abdômen, ir até as costas e arranhá-lo. Meu corpo começava a se arrepiar, aquele típico calor começava a descer pela minha nuca.

Ele tirou a camisa de vez e me prendeu entre seu corpo e o parapeito, tomando meus lábios com um beijo calmo. Apenas saboreávamos a sensação de estar um perto do outro, nossos lábios se moviam lentamente, até cederem espaço para que nossas línguas ultrapassassem.

Apertei seus bíceps, minhas unhas devem ter o machucado, pois ele arfou em resposta. Uma onda bateu logo abaixo, fazendo meu cabelo balançar com o vento. Apartei nosso beijo com um longo selinho e Harry me abraçou.

– Vamos entrar? – murmurou no meu ouvido com a voz rouca.
– Acho melhor. Já estava começando a ficar com medo de cair daqui. – ri fraco.
– Eu não te deixaria cair. – ele riu e entrelaçou nossos dedos, me levando pra dentro. – Vamos tomar um banho? – seu peito se colava ainda mais em meu corpo enquanto eu tentava subir as escadas sem ter um piripaque com aquela voz.
– Depende do que você quer. – sorri.
– Você sabe o que eu quero. – suas mãos me viraram de frente e ele me beijou ainda mais intenso. Meus pés não conseguiam se mover escada a cima, mas ele fez isso por nós dois, me levando em seu colo até o quarto enquanto os beijos iam ficando cada vez mais quentes.






* No dia seguinte *

No meu sonho Harry estava brigando com um homem estranho, ele acertava vários socos em seu rosto já ensanguentado e eu não conseguia fazer outra coisa que não fosse assistir angustiada. Era tudo tão horripilante e eu não conseguia entender o motivo de os dois estarem se atracando.

Escutei um barulho forte. Me sentei assustada na cama.

– Harry? – apertei o lençol branco firme ao meu peito. – Harry? – meu desespero só aumentava sem sua resposta. Meu coração estava desacelerando.

Peguei sua camisa em cima da cadeira do quarto e vesti juntamente com uma calcinha. Andei em passos cautelosos até a porta da varanda. O dia estava lindo, eu poderia ficar ali admirando a manhã inteira, mas estava preocupada com a ausência de Harry.

Será que era tudo verdade? O sonho, aquele homem louco? Ele teria raptado Harry?

– Harry! – desci as escadas correndo, as lágrimas não resistiram em descer do meu rosto. Eu desconhecia aquela sensação, mas sabia que era a pior de todas. – HARRY! – passei pela cozinha e sala de estar. Nem sombra dele. Abri a porta dupla de frente para a proa do Iate, as vidraças chacoalharam de tamanha força. Olhei para baixo do parapeito. Apenas água cristalina e o mais puro som das gaivotas ao longe. – Harry! – gritei mais uma vez, chorando e estremecendo de dor.
– Chris?

Me virei e vi Harry terminando de subir pela borda do Iate totalmente molhado. Ele vinha preocupado em minha direção, seu short vermelho pingava água por toda a varanda.

– Onde estava? – o abracei ignorando toda aquela água em seu corpo. Hm, estava gelado demais. Me afastei.
– O que foi? Por que está chorando?
– Tinha um homem te batendo.
– Quê? – ele franziu as sobrancelhas. Sua expressão deixava bem claro o que ele estava pensando agora de mim. Louca.
– Tinha um homem. Não tinha?
– Chris, quem… – ele parou subitamente e percorreu o olhar até meus pés. Balançou a cabeça e me puxou pela cintura até o mini sofá dali de fora. – Você estava sonhando. – ele sorriu e acariciou meu cabelo. – Tá tudo bem. Não tem ninguém me batendo, eu fui nadar um pouco.
– Não?
– Não. Não tem ninguém. – ele riu e beijou minha testa. – Está linda com a minha blusa. – disse me analisando de novo.
– Eu só vesti correndo pra te procurar.
– Mesmo assim está linda. – seus braços estavam em volta dos meus ombros, mesmo seu corpo pingando á água salgada. – Veste um biquine e vem nadar comigo.
– Uhn… Eu não gosto muito assim de nadar em alto mar.
– Qual o problema? – franziu a testa. – Medo de tubarões? – sorriu divertido.
– Não só por isso. – vi o sorriso debochado crescer em seus lábios. – Eu sei lá, é muito grande… Isso tudo. Eu só tenho medo de não saber o que me espera lá embaixo.
– Eu vou junto com você, não vai ter nada. – puxou meu queixo a altura da sua boca e me beijou. Nossas respirações se misturaram, alcancei sua nuca com uma das mãos e puxei carinhosamente uma mecha de cabelo molhada, que fazia ondulações em seu pescoço. – Vai lá. Tô te esperando. – sussurrou antes de me dar um selinho rápido.

Levantei relutante do pequeno sofá. Com certeza o dia estava lindo, talvez eu não devesse agir como uma ignorante pra ficar apenas em cima do Iate. Tenho medo de dar um simples mergulho nessa imensidão toda, mas se Harry diz que vai ficar tudo bem, eu posso fazer meu contrário.

Joguei minha mala em cima da cama, que ainda estava com a marca de nossos corpos perfeitamente. Sorri ao colocar a mão no pescoço e lembrar da boca de Harry sugando e mordendo toda aquela região com desejo. Minhas pernas ficavam bambas só de imaginar nossos peitos colados e sua respiração ofegante no meu ouvido. O que ele tinha feito comigo ontem, eu duvido que qualquer outro homem faça.




Harry S

Desliguei o celular e o joguei em cima do sofá. Pela terceira vez no dia, Gemma tinha ligado para saber da Chris. Engraçado que eu sou o irmão dela e nem pareço tão importante quanto a Chris. E não sou ciumento. Eu já tinha dito em todas as ligações que ela estava dormindo, as vezes Christinne demora a levantar, mas ela nem deve ter percebido eu dizer isso em todas as ligações.

– Eu devo ter acordado um pouco mais cheia hoje. – Christinne estava descendo as escadas. Absurdamente deliciosa com aquele biquini. Eu ia ter que usar meu auto controle pra não despi-la dentro d’água.
– Cheia de quê? – eu não queria acreditar que ela ia falar que estava engordando. Como assim? E aquelas curvas, aquele corpão?
– Gorda, Harry. Estou engordando. – disse puxando a canga para tapar a barriga.
– Na sua cabeça é que você está gorda. Para de bobeira. – tirei a canga delicadamente da sua mão. – Olha que corpo lindo. Você não vê isso?

Ela se olhou e sorriu pouco satisfeita.

– Você é linda, Chris. – selei seus lábios e ela sorriu parecendo envergonhada. – Vai pular junto comigo? – parei com ela na beirada do Iate. O mar estava calmo, na verdade mais parecia uma piscina gigante.
– Não sei. – ela segurou em meu braço.
– É melhor dar um pulo que já se acostuma com a temperatura.
– Está muito gelada? – ela me olhou com receio.
– Você vai pular ou não?
– Tá bom, me dá a mão.

Entrelaçamos nossos dedos. Ela até tentou me jogar primeiro pra fugir, mas acabei levando-a junto comigo. Senti meu corpo afundar em mil bolhas que formavam com o nosso impacto. Meus olhos fechados, um zunido no ouvido e minhas mãos totalmente livres. Bati os pés e braços em um ritmo acelerado até chegar ao topo.

Abri os olhos sentindo a claridade do Sol no rosto. Infelizmente tinha engolido um pouco d’água, o que não era nada legal. Água salgada com estômago fraco não é uma boa combinação.

– Chris, eu… Chris? – na minha frente e ao meu lado, apenas uma imensidão d’água. Expeli a água do nariz e passei uma mecha de cabelo que caía na testa para o topo da cabeça. – Chris?

Aquela demora estava me frustrando. Não era pra ela demorar tanto a imergir quanto eu. Por mais que eu seja um pouco mais rápido, mas a questão que já se passaram mais de quinze segundos enquanto a procura pelos lados.

Afundei de olhos abertos. Um azul límpido de cegar qualquer um, uma claridade divina, mas nem um sinal de Christinne. E quando eu cerrava os olhos mais pro fundo, já não conseguia enxergar quase nada, pois a profundidade ia tornando tudo mais escuro.

Imergi.




– Chris

Puxei uma toalha em cima da poltrona e enrolei em volta do busto. Harry deve estar lá embaixo me procurando até agora. ~ risos ~. Caminhei até a proa e logo já o avistei subindo a borda do Iate, quase escorregando sob os pés molhados.

– Boo!
– Christinne! – ele me olhou sério. – Ficou louca?
– Nossa, que tanta grosseria é essa? – disse puxando a água do cabelo.
– Você tem noção do meu desespero, garota?
– Ok, mas fala baixo.
– Não me pede pra falar baixo, você me deu um susto! Eu achei que você não soubesse nadar.
– Eu só estava brincando, amor. – diminui meu sorriso conforme ele ficava cada vez mais vermelho de ódio. Harry realmente não estava brincando.
– Então não brinca mais, porque você não sabe brincar e isso não é brincadeira que se faça.
– Harry…
– Porra, eu estava quase surtando. Já imaginou como eu estava me sentindo culpado? Arrgh! – ele rosnou e andou até a sala. Quando passou pela porta, ele descontou toda sua raiva na porta de vidro, quebrando as duas primeiras janelas com um único soco.
– Harry!

Escutei mais barulhos lá dentro, mas meu corpo estava estático e meu coração ainda acelerado de susto com seus berros e expressões raivosas. Harry disse mais um palavrão e um silêncio repentino me deixou preocupada.

– Harry? – apareci somente da brecha da porta quebrada. Os cacos de vidro com tons azulados estavam todos no chão, fazendo um caminho perigoso até o tapete, exatamente onde Harry estava sentado com o rosto escondido entre os joelhos.

Ele chorava?

– Harry? – me aproximei pisando com cuidado pelo chão e me sentei no sofá ao lado, me inclinando para colocar a mão em seu ombro. – Ei, por favor, já está me assustando. Olha pra mim.

Ele finalmente me correspondeu e olhou em meus olhos. Suas bílis verdes estavam manchadas de vermelho, mas eu não sabia se eram por causa das lágrimas que desciam em seu rosto ou por tanto ter nadado de olhos abertos no mar á minha procura.

– Me perdoa. – lentamente me sentei ao seu lado, temendo que ele fizesse algo comigo de tanta raiva. – Eu juro que não foi por mal, eu só… Só estava tentando brincar com você.
– Nunca mais. Eu digo: Nunca mais, faça isso comigo novamente. – ele me abraçou de lado e beijou minha testa. – Me desculpa se eu te assustei, mas você me fez sentir a dor de te perder pelos segundos mais cruéis de toda a minha vida.
– Harry, você não vai me perder. – sorri e beijei sua bochecha. Ele se arrepiou e eu beijei seu pescoço, fazendo-o rir.

Passei minha perna por cima do seu quadril e me sentei de frente em seu colo. Seu corpo ainda estava molhado, a água escorria pelo chão e eu também ainda me encontrava na mesma situação. Meus pelos se eriçavam dos pés á cabeça, mas não era o frio da água gelada, era aquele olhar fatal de Harry se transformando junto com seu sorriso.

Apertei seus ombros e beijei um ponto qualquer em seu queixo, apenas deixando nossas boca bem próximas. Sua respiração saiu pesada e suas mãos foram parar agoniadas em minha cintura.

Olhei em seus olhos. Eles brilhavam. Fiz o favor de encostar meus lábios aos seus, pedindo passagem com a língua. Ele não demorou a corresponder e ambas se encontraram em sintonia, em movimento lento e proveitoso. Acariciei sua nuca, pescoço, descendo até o peito e deixando finalmente ali. Estava molhado, escorregadio, mas nossos corpos iam esquentando ao decorrer do beijo.

– Eu amo você. – murmurei prendendo seus lábios com meus dentes e um quase gemido escapou da sua boca. – Amo essa boca, esses olhos e principalmente esse sorriso safado.

Harry abriu os olhos, derramando desejo por todos os lados, e sorriu daquele jeito explícito que me faz tremer de todas as formas. Ele levantou com minhas pernas envoltas em seu quadril, caminhando até o segundo andar. Meus braços contornaram sua nuca e minha boca nem sempre tinha um lugar fixo para deixar meus próprios rastros.

Senti meu corpo repousando na cama. Harry abriu espaço entre minhas pernas e ficou entre elas enquanto seu peito vinha de encontro ao meu, e sua boca procurava obsessivamente pela minha.

Tirei sua camisa e sorri com as tatuagens. Uns podem não concordar, mas pra mim são excitantes.

Eu nunca soube o quão divertido era uma Lua de Mel.






Vas Happenin?
Bem, vocês viram o recado da minha amiga Yasmim?
Acho que sim, certo?
Pois bem, eu tive passando por uma certa “rebeldia”
– como diz minha mãe – 
e decidi por conta própria que não ficaria um tempinho na Internet 
enquanto a barra não ficasse limpa pro meu lado.
Não foi uma semana muito boa, eu acabei respondendo minha avó, minha mãe…. Talvez seja culpa dessa puta da TPM, mas enfim. 
Era melhor um tempinho esfriando a cabeça que 
o meu ingresso pro show dos Minos embora.
(Sim, minha mãe já ameaçou vender meu ingresso)
Então espero que compreendam e eu estou aqui de volta
Tentarei postar diariamente e lembrando que a reta final já está se aproximando.

Mas me digam antes: O que acharam desse capítulo e o que mais gostaram?
Malikisses, Biia

2 comentários

  1. Ta perfeito! (lógico) Nem acredito que tá na reta final, eu vou chorar. Continuaaaaa

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  2. Não acreditooo que esta na reta final, vc ja deve ter enjoada de eu ficar falando que ta perfect mais acontece que nao tenho palavras pra descrever cada capítulo <333
    Continuaaaaaa

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