Capítulo 13





Duas semanas depois...

- Chris



Hoje é um grande dia. Nunca estive tão ansiosa. São tantos acontecimentos em apenas uma semana, nem sei se meu coração aguenta. Harry vai voltar á turnê, suas folgas estão terminando. Passou voando! A festa da Zoe é mês que vem, a maioria das coisas estão prontas, ao contrário dos preparativos do casamento. Faltam três meses e ainda não escolhemos muita coisa. O buffet selecionado para exercer esse cargo tinha dito que ia dar conta da decoração, conforme as cores escolhidas por mim e Harry. Minha mãe e Anne também estão nessa tarefa, as duas tem se encontrando quase todo final de semana para discutir os detalhes do nosso casamento. A pressão está aumentando a cada momento, parece que uma cerimônia pode mudar grandes coisas na minha vida. De certa forma, vai mudar. Será que estamos preparados? Eu espero que sim. Muito preparados!

Harry desceu do carro e me acompanhou de mãos dadas até o consultório. Um flashback tomava conta da minha memória. Aquela noite horrível em que eu sangrava como estivesse com as horas contadas, chorando de medo, sendo amparada por Harry. Foi uma das piores noites da minha vida. Queria poder não me lembrar disso mais vezes, mas dizem que coisas ruins são necessárias acontecer para nos tornar mais fortes.

A recepcionista nos prometeu ser atendidos em cinco minutos, a doutora Katy estava terminando uma consulta. Um frio desceu pela minha barriga ao olhar para os corredores brancos do hospital. Não queria visitar esse tipo de lugar uma vez por mês ou por semana. Lembranças terríveis me assombram desde a morte do meu pai. Foram anos difíceis de superação, não quero reviver todo aquele sofrimento mais uma vez. Um sofrimento que pareceu durar uma vida! Ele era meu herói, o melhor, o mais lindo. Queria abraçá-lo pela primeira-ultima vez. Como sinto sua falta...

A paciente saiu da sala 2. A atendente me chamou logo em seguida. Harry me olhou com um sorriso confiante, ele tinha dito nesses últimos dias que tudo daria certo. Confio nele, em tudo o que ele diz. Mas eu só queria confiar nessas palavras, porque é muito difícil acreditar. Entramos no consultória e a doutora Katy nos tratou simpática, perguntando sobre meus últimos dias tomando as medicações. Elas causavam algumas reações estranhas, como a dor de cabeça, mas a bula dizia que era natural acontecer.

Comecei a trocar a roupa comum pela camisola de exames. Katy faria a ultrassonografia para, finalmente, avaliar as condições do Mioma depois dessas semanas de tratamento. Meu coração batia forte, tudo o que eu conseguia processar era Harry, Zoe, aniversário e casamento. Eu apenas queria aproveitar isso enquanto estivesse bem, rezava pra que nada estivesse piorado.

Quando o exame terminou, Katy pediu que esperássemos alguns minutos na recepção que logo ela traria os resultados dentro dos envelopes. Já devia ter meia hora que estávamos dentro daquele hospital, havia paparazzis do lado de fora nos espionando insanamente, não tinha nada que conseguisse acalmar meu nervosismo. Apenas algumas palavras de Harry, vez ou outra. 

- Christinne! - Katy me chamou vindo de encontro. Apertei a mão de Harry com mais força. - Aqui estão seus exames e o resultado. - ela me olhou com um sorriso que fez minha fé chegar ao topo. Aquilo era algum sinal de melhora? Ela estava querendo me dizer isso com aquele sorriso? - O que eu posso te dizer é que, você ficará livre das minhas consultas um bom tempo. 
- Então eu estou bem?
- Ela está muito ansiosa. - Harry sorriu para a enfermeira. - Mas acho melhor abrir em casa.

Não adiantava de nada, já que eu acabava de rasgar o envelope grande com o resultado. Os dois sorriam com a minha ansiedade e a pressa. Infelizmente eu não conseguia fazer o mesmo ato, estava muito nervosa. Me sentei no banco de espera novamente e passei a ler cada linha daqueles exames atentamente. Algumas coisas eu não entendia com clareza, coisa que só profissionais do ramo da medicina entenderiam, mas outras estavam mais do que claras.

- O tumor diminuiu? - meu sorriso saiu espontaneamente.

- Ele teve uma grande melhora, Chris. O tamanho é quase semelhante á de um grão de feijão. Não pode te trazer mais riscos.
- Oh, my god. - foi tudo que conseguia pronunciar diante daquela notícia ótima. Harry me abraçou carinhosamente e em seguida agradeceu Katy por todo o trabalho bem feito que ela tinha feito comigo.

XX



- Tareene 

Assim que pus os pés dentro daquela loja imunda, os olhares se voltaram curiosos. Lembro de ter prometido não entrar nesse lugar nunca mais. Desci as escadas de madeira, chegando no espaço mais sombrio e nojento daquele lugar. Jeremy estava confortável em sua cadeira giratória, folheando uma papelada amarelada por trás da sua enorme mesa de granito. Seus olhos levantaram-se assim que notaram minha presença em seu "escritório". Algumas vadias estavam apenas de saia e sutiã em sua volta, o alisando e puxando saco para ganhar sua confiança.

- Tareene Smith. Que honra!

- Honra? - suspirei irônica. - Como as coisas mudaram... - me aproximei da cadeira de visitantes a fronte de sua mesa.
- Com licença, garotas. O papai precisa ter um particular agora. - ele disse expulsando as garotas de programa que o paparicavam melosamente por trás da cadeira. As duas fizeram um biquinho triste e saíram da sala, nos deixando a sós. Se é que eu poderia chamar aquele cubico imundo de sala.
- O que você quer comigo? Já não te dei dinheiro o suficiente? Porque não me deixa em paz?!
- Quem nasce pra ser garota de programa sempre será garota de programa.
- EU NÃO SOU MAIS! 

Jeremy sorriu malignamente e organizou alguns papéis em cima da mesa, deixando meu coração aflito. Aquele gesto sempre significava uma única coisa. Sua mão voltou a mesa deixando um calibre 38 sobre ela, como uma forma de intimidação.


- Agora podemos conversar civilizadamente? - ele olhou para minha face assustada e o calibre na mesa, respectivamente. Seu sorriso só alargou mais ainda ao saborear do meu silêncio de medo. Não acreditava que estava sendo manipulada por aquele monstro novamente. - Ótimo! Então vou começar dizendo que tenho um ótimo serviço pra você. Fique feliz porque esse realmente é o melhor, Sabrina. - deu ênfase, sorrindo malicioso. Meu estômago embrulhou ao lembrar de todas as maldades que eu tinha sofrido em suas mãos. As vezes que fui obrigada a se submeter á trabalhos pesados, prostituição, drogas, bebidas... Minha vida estava de cabeça pra baixo.

- Tareene! TA-REE -NE! Aprenda meu nome!
- Os clientes que estamos recebendo tem bastante peso na indústria da música. - ele continuou sem me dar ouvidos, ignorando qualquer palavra que saísse da minha boca. - E você sabe que quando temos pedidos desse porte, a grana rende de verdade.
- Por favor, Jeremy. Me diga quanto você quer! Só isso! Eu te dou quanto quiser, mas pare de ameaçar minha família e á mim também. Você assinou minha liberdade, você lembra! Te dei tudo o que devia, por favor, pare!
- Prefere assinar hoje ou amanhã? 

Meus olhos encheram-se d'água, mas eu não ia fraquejar na sua frente. Não, eu NÃO ia! Chorei muitas vezes, me humilhei demais aos seus pés, mas agora acabou. É, acabou! Ele não pode interferir na minha vida. Tínhamos um acordo, eu cumpri, eu o paguei. Minha liberdade foi estabelecida em papel passado e presente, com todas as libras necessárias.


- Eu já disse que não vou trabalhar em nada! - tirei a bolsa do colo e levantei, ignorando sua proposta incabível, indo em direção a saída. Mas meus pés travaram ao escutar a arma ser recarregada. Virei em sua direção, tentando crer que ele não estava levando aquilo á sério. - Abaixa essa arma, Jeremy!

- Volte aqui e sente! - disse frio, com uma carranca estampada no rosto.

Meu sangue gelou. Ele não estava pra brincadeira. As escolhas eram: Voltar pra cadeira ou cair dentro de um caixão. Jeremy nunca brincou com uma arma na mão. Se ele a pegava, seria para fazê-la funcionar, porque era assim que as armas funcionavam em seu poder. Quantas mortes não assisti de perto? Por que tudo isso está voltando?


- Boa garota. - ele sorriu satisfeito quando me sentei de volta na cadeira. - Agora responda: Prefere assinar hoje ou amanhã.

- O que eu preciso fazer?
- O que você sempre fez! - Jeremy respondeu furioso, jogando os papéis na minha frente. - Você me deixa sem paciência, Sabrina. Assina esses papéis logo! Eu tento ser legal com você, mas NÃO DÁ!

Minhas mãos tremelicavam enquanto forçava minha grafia no papel. Aquilo tudo de novo não, isso tinha que ser um pesadelo. Cadê a Mary pra me acordar e dizer que o café já está na mesa ou Billy lambendo minha mão? Por favor, que seja um pesadelo!

- Está aqui. - empurrei o papel na mesa e apertei os olhos evitando as lágrimas.
- Hm. Bom! Muito bom! - Jeremy analisou com cuidado. - Essa festa vai render muita grana, espero que faça um bom trabalho pra esses rapazes. Não me traga confusões, garota! - gesticulou ainda com a arma na mão. - Quando a data for marcada, meus "funcionários" entrarão em contato com você. Agora suma!
- Não chegue perto da minha família, Jeremy. Eu te peço! Eles não tem nada a ver com isso aqui.
- EU DISSE PRA SUMIR! VAI!

As lágrimas não foram sustentadas e escorreram pelas minhas bochechas. Levantei com a bolsa e sai em disparada dali. As garotas que ocupavam os corredores daquele bordel me olhavam com desprezo, minhas boas vestes a causavam ódio, sei que elas odiavam receber "patricinhas" naquele lugar. Jeremy sempre tivera uma queda pelas mais bem vestidas e ela já desconfiavam do que estávamos tratando naquela sala. Se soubessem que voltaria a trabalhar e ainda em um caso de boa grana, me esfaqueariam ali mesmo.

Chegando na rua, limpei as lágrimas e tomei um rumo desconhecido, apenas tentando colocar a cabeça em ordem. O celular tocou na bolsa e meu coração se desesperou, temendo um pedido de socorro de Mary ou Edward, já que Jeremy vive na cola dos dois, tentado me inibir.

- Hey Tareene! - a voz de Niall aliviou minha tensão.
- Oi Niall.
- Nossa! O que foi? Sua voz está abatida.
- Não, não é nada. Eu estou bem. - forcei uma voz mais empolgante. - É que eu acordei meio sonolenta hoje.

Passei em frente á uma vitrine e notei dois caras do Jeremy me seguindo discretamente.

- Hein Tareene?
- O que?
- Eu perguntei se você gostaria de almoçar agora comigo.
- NÃO!
- Hã?
- Quero dizer, não dá. - olhei para trás e os caras fingiram conversar entre si, porém continuavam seguindo.
- O que? Por que? Tareene você está legal?
- Eu estou ótima, mas hoje não dá. E-eu... Eu tenho que encontrar uma amiga, que aliás já estou até avistando de longe. - menti enquanto atravessava a rua em direção ao Honda preto que me aguardava para me levar em casa. Era Toni, o motorista particular da minha família. Pedi que ele me acompanhasse, mas não revelei o motivo da vinda até o centro. Já imaginava que nessa visita ao Jeremy ele colocaria algo em minha vista.
- Tá, então tá bom. Posso te ver á noite, pelo menos?
- Tá, tá. Pode. Eu realmente preciso desligar, desculpa Nialler.
- Tudo bem. Até mais tarde!
- Tchau! - desliguei e joguei o telefone dentro da bolsa enquanto entrava afobada dentro do carro. Toni me olhou espantado, apenas pedi que ele tocasse com o carro pra longe enquanto observava os caras do outro lado da rua, bravos por não terem conseguido o que queriam comigo. E só Deus sabe o que queriam!


- Chris

Assim que abri a porta do apartamento a vida parecia ter voltado pra mim de novo. Pela primeira vez, um exame médico tinha me deixado extremamente feliz. Zoe estava sentada com Hollie no tapete da sala, não medi normalidade pra correr em direção á minha princesa e agarrá-la com força. Eu só precisava acreditar que não estava sonhando, que minha vida estava perfeita de novo e ainda tinha o maior amor da minha vida em mãos. 

- Você é tão importante pra mim. Eu te amo tanto, tanto, tanto! Ai, Zoe... Que vontade de te apertar até não aguentar mais. - sorri enquanto a enchia de beijos e abraços, que sufocavam e irritavam a pequena. Ela tentava colocar a mão no meu rosto para que eu parasse de babá-la com tanto beijo... *risos... Mas ela era tão fofa. Não tinha como!
- Nossa! O que deu nessa garota? - Hollie ria enquanto me assistia dar mil amores á Zoe. Harry também ria junto com ela.
- Só me sinto viva! - soltei Zoe no chão e mostrei os exames para Hollie. Zoe andou meio tonta até os brinquedos e caiu de bunda no chão. Dexei-a totalmente dopada de beijos. *risos.
- Nunca a vi tão feliz com um exame. - Harry disse rindo.
- É o melhor exame de todos! Preciso comemorar. Preciso sem dúvidas!
- Realmente precisamos. - Harry me lançou aquele olhar típico.
- Harry! A Hollie está aqui, sabia? - o repreendi e Hollie gargalhou divertida.
- Eu entendo! Juventude, muitos hormônios...
- Oh, god. - senti minhas bochechas corarem ao extremo.
- A Hollie é adulta, qual é? Podemos falar qualquer coisa na frente dela.
- O-K! Vamos comemorar, né? Ou já esqueceram disso? - mudei de assunto.
- Aham, vamos comemorar sim. - Hollie sorriu e olhou com cumplicidade pra Harry, que retribui da mesma maneira. Hm, ali tinha!
- Mas vamos comemorar de verdade. Vai querer? - Harry me entregou uma caixinha que estava em cima da mesa.
- Outra viagem? 
- Nop!
- Hm. O que será? - a curiosidade aumentou e abri a caixa o mais rápido que pude.
- Vai Chris. Mais rápido! - Hollie vibrava, me fazendo ficar mais ansiosa ainda. Abri o envelope de dentro da caixa e não acreditei.
- JUSTIN TIMBERLAKE?! AAH MEU DEUS. HARRY, NÃO BRINCA COMIGO!

Harry e Hollie tamparam os ouvidos, rindo da minha reação.

- Amor, eu ameeeei! - pulei em cima de Harry e o enchi de beijos onde podia. - Vai ser o melhor show. Eu te amo! Te amo! Te amo! - Harry apenas ria enquanto eu atacava com histeria.
- Nãaão! - Zoe correu do tapete até o sofá, puxando a mão de Harry. - Mamãe não! Não pode!
- Pode sim! - Harry rebateu e me deu um selinho pra provocá-la.
- NÃO PAPAI! NÃO PODE! - ela falou bem séria e bem brava.
- Ela vai te espancar! - avisei á Harry entre os risos.
- Por que não pode? A mamãe é do papai também, não é só sua. - ele me beijou de novo e Zoe fez bico, mas de raiva.
- Ai, ai, ai! - ela ameaçou arrancando gargalhada de todo mundo. Ela tinha me imitado direitinho.
- Vem cá, sua espertinha. Tá aprendendo muita coisa pro meu gosto. - a peguei no colo e coloquei entre eu e Harry no sofá. Zoe me abraçou e ficou de mal com Harry, o que era fofinho demais. 
- Dá um sorrisinho pro papai! - Harry a cutucou e ela bateu na mão dele. - Olhaa! Não pode bater! Vai parar de falar comigo, é? Então corta aqui. - Harry juntou os dois mindinhos e mostrou pra Zoe, que com o dedo indicador cortou os dedos de Harry no meio.
- Agora ela ficou de mal de verdade! - ri.
- Deixa ela. Depois que ficar pedindo colo, vai ter que pedir pra outra pessoa, porque eu não vou dar. 

E Zoe nem lhe deu confiança. O ego daquela garotinha é um poço sem fundo. Mas basta ele começar a pertubá-la pra brincar que a raiva passa e ela volta a sorrir com todos os dentes e os olhinhos verdes brilhantes. Zoe pode ser antipática, mas é simplesmente... Um amorzinho.







Vas Happenin?
Momento Zozo no final *-*
O que acharam do capítulo?
Malikisses, Biia.









Capítulo 12




- Harry S.

Mudei a estação do rádio e voltei prestar atenção no caminho. Christinne não tinha dado nem um Pio até agora, o que era de muita estranheza e já me incomodava demais. Odeio aquela sensação de estar correndo risco e de ser pego no flagra. E ela está de um jeito que me faz se sentir assim constantemente. Eu sabia que não deveria ter concordado com aquela festa. Louis é louco de pedra! Onde já se viu? STRIPPER?! Sério, sou um cara morto se Christinne desconfiar disso. Já imagino milhares de manchetes. "O cantor Harry Styles foi encontrado morto em seu apartamento com um salto agulha entalado na garganta. " Porque é exatamente isso que ela vai fazer comigo. Enfiar aquela coisa pontuda que ela chama de sapato na minha guela á baixo. Aí eu quero ver concordar com festinhas depois sem a garganta.

- Chegamos, amor. - estacionei o carro do lado oposto da casa de Tareene. A mansão estava totalmente iluminada, alguns convidados entravam pelo jardim, a música estava alta. Se não me engano era Mirrors tocando. Destravei as portas automáticas e Christinne saiu sem esperar que eu fizesse a gentileza de abrir a porta do carona. - Amor, não quer levar o casaco? 
- Não estou com frio. - bateu a porta do carro e atravessou a rua.
- Christinne! Ei! Espera, amor!


- Niall H.

- E agora? Como estou? - Tarenne voltou do banheiro para o quarto pela milionésima vez, a diferença que agora usava outra peça de roupa.
- Também ficou bom.
- Mas você disse isso pra todas as outras. - ela fez beicinho e se olhou no espelho vertical, também pela milionésima vez.
- Porque você ficou boa em todas as roupas!
- Não sei... Acho que devo experimentar outra.

Suspirei e levantei da cama endireitando a gravata no pescoço.

- Vou ver se chegou mais convidados. Espero que não demore. Eles vieram para o seu jantar. - falei fechando a porta.


- Chris

- Chrisseeee! Oh, my god. Que saudade! - Daniele veio exasperada ao meu encontro. Nos abraçamos forte por intermináveis segundos e ao apartar nosso abraço, ela já me levou em direção á cozinha da casa, que por sinal estava lotada por completa. Tinha tanta gente, tantos rostos bonitos, estilos... Uma diversidade de encher os olhos! - Uma rodada especial pra minha amiga, por favor. - ela pediu ao garçom que estava tomando ordem daquele cômodo. 
- O que aconteceu com você? Tá tão... Alegre! - ri.
- Digamos que as coisas estão dando certo pra mim. - ela sorriu misteriosamente. - Toma o seu drink. Quero ver detonar isso tudo num só gole.
- Ah, Dani... Eu não tenho mais disposição pra isso. - gargalhei bebendo uma leve dose do líquido verde.
- O que?! Ah, para, Chris! Tudo bem que agora você é "Moça de família", mas eu sei que ainda existe aquela maluca dentro de você.
- Moça de família? - ri espontaneamente. - Parece que está falando de uma mulher de cinquenta e todos anos. Pera lá, que eu só tenho vinte aninhos.
- Mas parece uma velha!
- Você realmente gosta disso, né? Então tá bom. - pisquei com o olho direito e esvaziei o copinho de álcool em um único gole. Respirei fundo e me controlei pra não fechar os olhos com a ardência que aquilo causou;
- Yeeep! Agora sim a Christinne voltou! - disse erguendo o copo para um brinde.
- Me sinto uma pervertida. - ri brindando com o seu copo.
- E aí, Dani? - Harry chegou no mesmo instante e parou ao meu lado, pondo a mão em volta da minha cintura.
- Oi Haz. - ela sorriu brevemente. - Faz tempo que não te vejo. Está até um pouco diferente.
- Eu? Diferente? - ele sorriu sem graça. - Imagina... Mudei nada não.
- Harry continua comportado, né, amor? - joguei o cabelo ao me virar para olhá-lo, sei que ele fica "animadinho" quando faço isso, nunca resiste. Mesmo se isso for um deboche, como agora.
- É, eu imagino. - Dani correspondeu ao meu joguinho.
- Vocês já viram o resto dos caras por aí? Ainda não falei com o Niall. Vou procurá-lo, já volto. - disse indo em direção á sala de estar.
- Viu como ele ficou? - Dani me olhou incrédula. - Será que ele desconfiou de que nós sabemos?
- Eu sei lá, Dani. - me sentei no banquinho do bar e coloquei as mãos em cada lado da cabeça. Suspirei me sentindo perdida nos pensamentos e pedi uma outra bebida. - Eu não acredito que ele vai fazer uma coisa dessas, Dani. Não mesmo! Tudo bem que é uma festa de solteiro, tá, ele tem o direito, mas eu não imaginei que ele fizesse questão disso. O que ele tem? Eu não faço direito o que ele gosta?
- Não, não, amiga. Não é nada disso. Deve ser os meninos colocando pilha pra assistir o show também.
- Eu vou matar esses garotos! Argh! Eu não vou permitir que outra vadia fique se contorcendo na frente do Haz. AH, mas eu não vou deixa mesmo! Ou não me chamo Christinne.


XX

- Uma boa noite! Sejam bem vindos ao meu jantar beneficente! - Tareene se pronunciou no alto de um pequeno palco no jardim, onde as mesas do jantar estavam espalhadas e ocupadas com os convidados. Todos prestavam atenção no seu discurso de abertura. - A minha família tem o prazer de organizar esse encontro que vai ajudar milhares de crianças com câncer, estávamos ansiosos para essa grande noite, esperamos que vocês possam fazer ótimos lances com o nosso leilão da meia noite. Por enquanto se divirtam, bebam, dancem e comam bastante. Nossa festa só está começando! Obrigada. - uma salva de palmas foi lançada ao fim do discurso e Tareene desceu do palco, onde seus pais também ocupavam com sorrisos de paisagem.
- Então é um jantar beneficente? - dirigi meu olhar aos meninos em torno da nossa mesa reservada.
- Bom, é o que parece, né. - Liam deu de ombros.
- O que os pais da Tareene são? - perguntei curiosa.
- Parece que são cirurgiões bem sucedidos e estão na nova campanha contra o cancêr. - Louis explicou.
- Ahm... Entendi. - coloquei o guardanapo sobre o colo.
- Eles são parecidíssimos. Olhem só! - Harry disse focado nos pais de Tareene e a própria menina. Eles tinham o mesmo tom de cabelo, pele e os mesmos olhos. Pareciam uma família perfeita.
- Realmente. - Zayn concordou.
- Eu só queria saber de onde Niall a conheceu. - falei desconfiada. Não estava indo com a cara daquela garota. Sei lá, ao mesmo tempo que ela parecia certinha, cheirava á problema.
- Nunca perguntamos isso, ele também nunca falou. Aliás ele mal fala dela ultimamente. - Liam revelou de um jeito estranho.
- Deixem o blondie ser feliz. Ela parece ser uma garota legal, têm os mesmos sorrisos, parecem se divertir juntos. - Harry opinou. Sentia raiva em escutar sua voz. Soava tão inocente, mas só eu sabia o quão cafajeste ele era.
- É... Talvez ela seja legal mesmo. O ruim é que ainda não tivemos tempo de conhecê-la melhor. - Zayn respondeu enquanto encarava a menina cumprimentar os outros convidados.

Olhei do mesmo modo que Zayn. Ela acabava de sorrir e abraçar uma senhora de idade. Tinha um jeito doce, seu gestos eram os dos mais sinceros possíveis. De certa forma eu gostava um pouco dela. Um lado muito estranho de mim é quem determinava isso.


XX

O jantar se sucedeu naturalmente. Todos comeram, beberam e se divertiram á balde. O Dj da noite chegou depois do leilão e a pista de dança improvisada no centro da sala ficou bem animada. Niall, Tarenee e Louis aparentavam estar curtindo a mini balada, mas por hoje eu não podia mais exagerar da diversão. As dores no abdômen estavam começando a me abalar, contando que saí de casa sem tomar o remédio. Harry me mataria se soubesse. Acontece que realmente esqueci, mas ainda dava pra levar um sorriso fingido no rosto enquanto a hora de ir embora não chegava.

Ás duas da manhã, a animação começava a decair. Alguns já se despediam, agradeciam pela noite animada e caminhavam para os seus carros. Hollie tinha mandado uma mensagem há uns minutos atrás dizendo que esteve se divertindo com Zoe, mas ela acabou dormindo novamente. Sorri automaticamente só de imaginar Zoe falando coisas incompreensíveis, pedindo colo e tentando correr pra todo o lado. Ela está tão crescidinha, tão esperta. É meu maior orgulho.

Avisei Harry do horário, ele estava distraído na conversa com alguns amigos dele. Enquanto ele se despedia do grupinho masculino, andei pela mansão á procura do casal colírio do jantar da noite para se despedir também. Niall e Tareene. Quero dizer, nem sei se eles já são um casal, mesmo assim os admiro juntos. São fofos.

Depois da cerimônia de despedidas e "Voltem em breve", fomos para o nosso carro e finalmente pude descansar os pés daquele salto torturante. Harry entrou logo em seguida e deu a partida rápida em direção á área mais calma de Londres, nosso bairro. Durante o caminho passamos pela antiga casa que, pelo tempo de abandono, já estava com a pintura descascada e a grama alta. Foram milhares de momentos bons ali dentro. Minha primeira casa, meu primeiro passo para a responsabilidade. Um dia ainda virei até aqui para saber como estão as coisas do lado de dentro, como está meu jardim que planejei para Harry no aniversário de dezenove anos, meu antigo quarto, minha adorável cozinha... Hunf. O tempo passa rápido! Ainda bem que passou e trouxe muita coisa boa também.

Mal notei que já tínhamos estacionado dentro do prédio. Harry abriu a porta do carona e carregou minhas sandálias até o apartamento enquanto eu reclamava de dor. Definitivamente ele me ama. Pra aturar as minhas frescuras de vez em quando, só amando mesmo.

Fui até a cozinha beber água e lembrei da data da nova consulta com a doutora Katy. Será daqui á duas semanas, veremos se esse cisto diminuiu ou será necessária uma cirurgia. Eu espero que tudo esteja dando certo com as medicações, não quero me preocupar com cirurgias enquanto deveria estar organizando o aniversário de um ano da Zoe. Já está perto! ainda nem mandei confeccionar nossas fantasias pra festa. 

- O que está olhando? - a voz de Harry me fez tombar dos pensamentos.
- Hã? Nada! - larguei o copo em cima da pia e fechei a torneira.
- Vem tomar um banho comigo?
- Ahn... Hoje não, Harry. - sorri de canto e antes de passar por seu corpo parado no centro da cozinha, fui pega pelo pulso.
- O que foi? Por que está estranha assim comigo? - ele olhou em meus olhos.
- Não estou estranha com você. Só estou com sono.
- E recusou tomar um banho comigo.
- Eu só não quero hoje. Qual o problema?

Harry suspirou e soltou meu pulso.

- Eu não gosto de ficar nesse clima pesado com você. É intimidador, eu não sei ficar desse jeito ao seu lado. 
- Está tudo normal. Você que está viajando. 
- Me dá um beijo, pelo menos? 

Revirei os olhos e encostei nossos lábios calmamente. Harry me prendeu pela cintura contra seu corpo e prolongou o beijo de uma forma intensa e lenta. Já era difícil recusá-lo e agindo dessa forma era pior ainda. É uma desvantagem por estar apaixonada. Sempre faço o que ele quer quando ele me provoca.

Subimos abraçados até o segundo andar. Estávamos bem, mas ainda não tinha esquecido o que ele esteve tramando. Por enquanto não vou dizer que sei dessa festa. Vou deixar as coisas rolarem naturalmente pra ver onde vai dar, já tenho meu plano em mente. Passamos no quarto de Zoe e ficamos mimando ela um pouco. Ela estava meio que acordada quando chegamos, estava observando os bichinhos coloridos grudados no teto branco. A consequência de ter mexido com ela durante a madrugada não resultou em outra coisa a não ser insônia. Ela não ia dormir novamente enquanto não ficássemos ninando incansavelmente e isso seria impossível no estado crítico de cansaço que nos encontrávamos. Não tinha outra jeito a não ser levá-la pra dormir em nosso quarto. Mas somente esta noite.

Talvez com a nossa presença ela se tranquilizasse um pouco e dormisse. Harry tinha ido tomar um banho enquanto eu trocava sua fralda. Não estava tão suja quanto eu imaginava. Hollie devia ter trocado antes de ir se deitar no quarto de serviço. Zoe estava bem elétrica para o horário. Temia que ela não dormisse e nos deixasse acordados a noite inteira. Harry voltou e a foi a minha vez de ter um banho de verdade. Os dois estavam assistindo desenho, dava pra escutar os barulhos da tevê do banheiro. Zoe estava falando sem parar! Ou tentando, né. O vocabulário dela ainda é muito limitado, então aquilo que ela ainda não sabe, ela improvisa e fica aquela coisa! *risos. Vesti meu moletom de pijama e me deitei junto com os dois na cama. Zoe se deitava entre nós dois e recebia os carinhos de ambos. Sem dúvidas ela é a bebê mais mimada dessa Face terrestre.

Assistimos mais um pouco de Pica-pau e logo desligamos. O relógio já partia para as três da manhã. Zoe resmungou um pouco antes de adormecer, pelo o que eu podia entender ela falar, ela queria brincar. Mas brincar essa hora não dá. Não mesmo! Harry e eu nos abraçamos, deixando-a aconchegada entre nosso abraço e dormimos, os três em conchinha.





Vas Happenin?
O que acharam do Cap?
Malikisses, Biia.









Capítulo 11






- Chris

Decididamente hoje eu tinha acordado mais diferente, talvez melhor do que todos os outros dias. O Sol da manhã parecia brilhar diretamente pra mim, eu não entendo como, mas sinto. Não nego. Tenho motivo pra chorar, me afogar nas lágrimas, mas… Do que vai adiantar? Também tenho motivo pra sorrir, me afogar de felicidade. A escolha sou eu quem faço. Basta decidir entre sorrir e chorar. Não preciso chorar, tenho Zoe, Harry, as pessoas que mais me fazem sorrir.
E como coincidência dos meus pensamentos, Harry tinha preparado um lindo café da manhã e deixado no nosso quarto antes de sair. Estava escrito no bilhete ao lado da xícara de chá. Pelo o que parece, Harry tem uma reunião na Sony com os meninos.

– Zoe? Está acordada? – abri a porta do seu quarto cuidadosamente.
– Mamãe.
– Bom dia, meu anjo. – tirei-a do berço e carreguei-a comigo até meu quarto. – Tá na hora do café. Você dormiu feito pedra nessa madrugada, não mamou nem uma vezinha. O que foi? Tá dodói? – pressionei minha mão contra sua testa, mas a temperatura estava mais do que normal.

Coloquei Zoe sentada no centro da cama e pus a bandeja de café em cima da mesma.

– Controla essa mãozinha, ok? Nada de afundar pão no suco, no café, no leite… Pão é pra ir na boca. Assim, tá vendo?

Ela ficou me olhando estática. Sorri e a coloquei entre minhas pernas para ajudá-la comer.

– Primeiro o seu leite, né? É bom que a mamãe pode comer enquanto isso. – disse enquanto preparava a garrafinha de leite para Zoe. Ela já não gosta tanto de ser amamentada pelos seios, o que não deveria acontecer nessa fase, mas o Thomas disse que não há problema dela tomar desse jeito de vez em quando. – Segura direitinho, tá? Sem entornar na cama da mamãe. – entreguei a garrafinha.
– Bom dia, Chris! – Hollie apareceu da porta do quarto.
– Oi Hollie! Chegou tão cedo hoje… O que houve?
– Harry pediu que eu viesse esse horário pra ficar de olho em vocês duas.
– Ahm… Esse garoto é muito abusado, mesmo. Não se preocupa, Hollie, estamos bem.
– Eu sei. – ela riu. – Vou estar na cozinha planejando o almoço. Se precisar de qualquer coisa, já sabe, né?
– Pode deixar.
– Não, mamãe. Não. – Zoe sacudia a garrafinha pra mim.
– Não quer mais? – olhei-a tentando entender.
– Não mamãe.
– Mas tem que tomar. Olha, não está nem metade!

Zoe simplesmente não deu ouvidos e largou a garrafinha em cima da cama com o bico da tampa destravado. O lençol ficou com uma poça bem ao lado de Zoe.

– Wow, wow! Vem pra cá. – peguei-a rapidamente e a deixei no chão. – Olha isso. Meu deus! Você realmente não cansa de apron… Hey! Vai aonde? – corri até a porta e a peguei no colo. – Nada de andar sozinha por aí. Tem bicho lá fora. Não pode, ok?
– Bisso?
– É, bicho! Muito bicho. Não vá mais.

Na verdade eu não quero que ela desça as escadas, mas acho que ela ainda não sabe o que é escada. Inventar monstros em lugares proibidos para bebês é o método mais fácil de mantê-lo longe de lá.

– Papai.
– Papai saiu.
– Mas… Hm… Papai.
– Papai saiu, Zoe! – respondi novamente enquanto tirava o lençol da cama. Só então notei que ela estava apontando pro porta retrato em cima do meu bidê. – Oh, claro. O papai na foto! – peguei o porta retrato e entreguei em suas mãos. – O papai e a mamãe. – apontei nós dois na foto e Zoe sorriu olhando deslumbrada.
– Mamãe? – ela apontou para a foto me olhando.
– Uhum, é a mamãe.
– E papai?
– E o papai também. – ri e Zoe voltou a olhar a foto. – Já faz um tempo, Zô. Você nem sonhava em nascer.
– Papai e mamãe? – ela repetiu olhando pra foto.
– Isso. Papai e mamãe. – respondi. Zoe aproximou o porta retrato e o beijou. Fiquei boquiaberta, olhando-a abraçar o porta retrato depois daquele beijinho na foto. Ela parecia carinhosa com aquele objeto, o abraçava como se fosse alguém. Ou talvez ela quisesse nos abraçar.
– Own, Zoe. Eu sei que você gostou da foto, mas a mamãe prefere um abraço real que o do porta retrato. – peguei o objeto da sua mão e abri os braços, esperando ela me dar o melhor abraço do mundo.
– Ama mamãe. – ela disse me abraçando com aquele sorrisinho invejável.
– Mamãe também te ama. – abracei-a de volta.



– Harry S.

– Sério, vocês são loucos! E se Christinne descobrir, ela vai me matar primeiro que vocês. – sussurrei para Zayn.
– Para de viadagem, Harry! Isso é essencial antes do casamento.
– Onde está escrito isso?
– Você é homem e sabe disso.
– O que vocês tanto cochicham? Dá pra calar a boca? – Louis falou rude enquanto esperava ser atendido em uma ligação ao telefone. – Ah! Oi, Jeremy? E aí amigão? Como vai? Ah! Eu vou ótimo, obrigado. Uhum, pois é, ando meio ocupado… É a nova vida, mas enfim! Você ainda está com aquele serviço especial?

Eu e os outros caras nos entreolhamos. Eles estampavam sorrisos maliciosos, mas confesso que estavam desconfiado. Contratar stripper para festa de despedida de solteiro não me parecia uma boa ideia.

– É claro que eu preciso! – Louis afirmou. – E tem que ser a melhor, porque sabe como é? Despedida de solteiro… Muitos homens, muitas bebidas… – Louis riu de um jeito maléfico aos meus ouvidos. – Ótimo! Como é o nome mesmo? Sabrina? Oh, Sabrina! Mas ela é bem cara, hein. Caramba! Mas é a melhor? Certo, então se é a melhor, pode fechar o acordo.

Vai dar merda. Vai dar merda. Vai dar merda. Vai dar merda. Vai dar merda…

– É lógico, parceiro! – Louis sorriu. – Tudo ok. Então fica fechado assim mesmo, né? Ela vai dançar também, não é? Ah, ok. Então tá ótimo! Na semana da festa eu deposito seu dinheiro numa boa, fechado? Ótimo. Ok. – ele gargalhou pela última vez. – Tá certo. Tchau, até! – e desligou o celular. – Tudo fechado!
– YEEES! – os garotos comemoraram.
– Yes?! Eu tô fudido!
– A Christinne não vai descobrir, Curly. Relaxa!
– Eu realmente espero que não, Louis! – esbravejei. – Ela está numa fase difícil agora. Não quero que ela se estresse.
– Vocês vão superar isso. Vai ficar tudo bem.
– Eu sei. Mas por enquanto não quero problema. Odeio mentir pra ela e já fiz essa idiotice dizendo que estava na reunião da empresa.
– É por uma boa causa!
– Boa causa?! Será que não parece injusto pra você que eu estou aqui concordando com essa bobagem de strippers enquanto deveria estar cuidando da minha futura esposa?
– Harold! Pelo amor de Deus! Você está ficando louco com isso! – Niall me olhou chocado. – Cara, ela está ótima para alguém que se encontra na situação que ela está.

Respirei fundo e peguei as chaves do carro na mesinha de centro.

– Tenho que passar na Lou. Faz dias que não vejo a Lux. Nos vemos mais tarde, no jantar da Tareene.
– Ok. Vai lá. – Liam resolveu se pronunciar.

Fechei a porta e desci pelas escadas. Não estava com paciência para elevadores. Talvez Niall tenha razão. Acho que estou mais tenso que Christinne, mas é só medo de deixar algum mal acontecer. Hoje á noite tem o jantar na casa da namorada/ficante do Niall, é um bom momento pra esfriar a cabeça e se divertir. Christinne confirmou que vai, será bem tarde da noite, Zoe vai ficar em casa com a Hollie. Espero que ela se diverta com os ursinhos assim como nos divertiremos com… Sei lá o que. Ainda não entendi o propósito desse jantar.


– Zayn M.

Eu acho que ele não gostou da nossa ideia.
– É claro que gostou, Zayn. Harry é tarado de carteirinha, só está estressado com a saúde da Chris. – Louis respondeu confiante.
– Eu sei lá, acho que a Chris realmente nos mataria se descobrisse isso. Uma mulher rebolando especialmente pro Curly? – Liam fez uma cara estranha. – Por que ele gostaria disso em outra mulher se a própria Christinne pode fazer isso pra ele?
– E fazer muito bem… – Niall disse delirando em pensamentos.
– Muito bem. – concordei.
– Ah se Harry escuta isso… – Louis balançou a cabeça.
– Ela é gostosa pra caramba, o que eu posso fazer? – Niall deitou no sofá.
– Pode calar essa boquinha e guardar os pensamentos impróprios só pra você. – Liam o repreendeu. – Mas enfim! É como eu disse, não é uma boa ideia. Acho melhor cancelarmos.
– Ah, para, daddy! Eu não vou cancelar isso não. – Louis se recusou
– É. Não cancela não. – Niall concordou.
– E você, Zayn? – Liam olhou pra mim, esperando uma opinião.
– Ermm… Ah, parece legal.
– YEEEEAH! GANHAMOS DADDY! – Louis e Niall comemoram gritando.
– MAAAS… Esperem que eu ainda não terminei… A Chris realmente não vai gostar disso.
– Ela não vai descobrir, relaxa!
– O que a Chris não vai descobrir? – Dani apareceu na sala vestida com a blusa do Liam e uma calça de moletom.
– A Dani dormiu aqui? – Louis a olhou espantado.
– É, ela chegou de madrugada. – Liam respondeu a puxando para se sentar em seu colo.
– Tá, mas o que a Chris não vai descobrir? Eu escutei vocês falando dela.

Os caras se entreolharam daquele jeito próprio de dizer “E agora?”, enquanto eu fingia não ter escutado nada nem falado nada.

– É… Ermm… Um negócio de… Um…
– De um jogo! – Louis piscou para o Niall.
– É, é… Um jogo! – o blondie confirmou.
– Hã? Jogo?! Pera aí, vocês estão muito estranhos! O que está acontecendo, Liam? – Dani se virou para o Liam. – E não minta. Você sabe como eu odeio mentiras e Chris é a minha melhor amiga.

Uh… Agora ferrou de vez. Liam nos olhou perdido, dividido entre a mentira e a verdade. Apenas demos de ombros e o esperamos fazer a coisa certa. Liam suspirou derrotado e ficamos atentos ao que ele diria a seguir.

– É uma festa surpresa pro Curly. É isso que ela não deve descobrir.
– Mas por que? Ela é noiva dele! E o aniversário do Haz já passou.

Literalmente não dá pra esconder nada da Dani.

– É a festa de despedida de solteiro.
– Despedida de… Ai meu Deus, não pera! – ela se levantou e deu a volta por trás do sofá, nos encarando incrédula. – Ela vai exterminar vocês!
– Sério? – Louis perguntou debochado.
– É por isso que ela não pode descobrir. – Liam disse.
– Oh, jura? – Louis debochou de novo.
– Por favor, Dani. Não conte nada!
– Gente, isso é super errado! Como que o Harry pode concordar com isso?
– Errado? Não, calma aí. Por que vocês, mulheres, podem ter uma festa de despedida com vários caras babacas de gravatinha borboleta sem camisa e nós não podemos encher um quarto de mulheres? – Louis debateu.
– Eleanor sabe que você anda meio descontrolado ultimamente? Tem tomado os remédios?
– Vai se ferrar, Peazer. – Louis a mostrou o dedo.
– Tá gente, calma! Não é um quarto de mulheres, Dani. Louis se precipitou um pouco. – expliquei. – Ele contratou apenas uma stripper e o Harry não ficou muito de acordo.
– Não vai ser nada demais. Só um showzinho, gente, qual é? E vai ter mais homens, os amigos do Harry também vão vir. – Niall tentou amenizar o clima.
– Promete Dani? Não vai contar? Por favor? – Liam a encarou suplicando.

Todos a olhamos esperando uma resposta justa. Que certamente seria um “Sim, eu prometo”, mas invés disso…

– Não posso prometer nada. Já disse! Ela é a minha melhor amiga. – e dizendo isso, subiu as escadas e se trancou no quarto.
– Ela não vai contar, né? – Niall olhou desconfiado.
– Espero que não. – Liam se jogou no sofá de modo relaxado.


XX


– Chris

E como o leão faz? – Harry perguntou a Zoe que respondeu franzindo todo o rostinho e imitando um rugido. – E a vaca? – Zoe mugiu. – A galinha. – Zoe tentou cacarejar e Harry riu. Aquele quarto estava um verdadeiro zoológico.
– Harry, eu já estou terminando de me arrumar. Larga a Zoe um pouquinho e vá se arrumar também.
– Já vou. E como faz o cachorro, Zoe?
– Muu.
– Não. O cachorro faz au-au.
– Au-au.
– É. A vaca é que faz Mu.
– Muu.
– Muuuu. – Harry respondeu mais alto, me fazendo rir do banheiro.
– Muuu. – Zoe o afrontou.
– Já chega imitadora de vacas. Agora é hora de dormir. – vi pelo reflexo do espelho Harry a pegar no colo e girar no ar. Zoe gargalhou e parou assim que ele a deitou em nossa cama. – É hora de fechar os olhinhos assim, contar os carneirinhos e dormir. – Harry fez cócegas em sua barriga e Zoe tentou puxá-lo para se deitar ao seu lado. – Não, o papai não vai dormir agora. O papai vai sair. A tia Hollie vai ficar aqui com você. A noite inteeeeirinha, tá bom? – parei de passar o gloss e fiquei observando ele conversar com a pequena. – Mas se você quiser qualquer coisa, qualquer mesmo, o papai vai pegar o carro e vai vir voando só pra você. A hora que você quiser, combinado?

Zoe sorriu de canto e foi fechando os olhos pouco a pouco, tontinha de sono.

– Te amo. – Harry beijou sua testa e a cobriu com delicadeza com a nossa coberta gigantesca.
– Acho que meus dentes acabaram de ganhar cárie com tanta doçura. – disse fazendo Harry rir.
– Desculpa aí se eu sou o melhor pai do mundo. – disse se gabando.
– Dessa vez eu tenho que concordar. – o abracei pela cintura e selei nossos lábios. – Você é o melhor noivo e pai do mundo.
– Não se esqueça. – Harry mostrou a tatuagem dos diamantes. – Sempre serão minhas preciosas. – sorri e o beijei novamente. – Está tudo bem?
– Hã? Por que?
– Se esqueceu?
– Ah! Aquilo… – respondi um pouco cabisbaixa.
– Ei, desculpa. Ok, eu não deveria ter tocado nesse assunto.
– Não, não. Tá tudo bem. É que eu já estava até esquecendo que…
– Você está ótima. Não ouse em dizer pela milésima vez que está doente. Vamos apenas fingir que nada disso é verdade e curtir essa noite como se fosse a primeira noite nossa juntos.
– Me parece bom.
– Vai ser ótima! – ele sorriu. “ Quem vê esse sorrisinho acha até que é santo. Até descobrir que gosta de strippers. Rum! Me aguarde, Styles. “








Vas Happenin?
E esse pensamento da Chris no final, hein…
hahahahaha
A Dani não segurou a linguinha. kkk
O que acharam desse cap.?