Harry
estava brincando com a ponta dos dedos pelo o meu pescoço. Cada pelo do meu
corpo se eriçava com seu toque, era tão bom…
–
Harry, para! Temos que levantar. Já deve ser onze da manhã. – murmurei fraca
com os olhos fechados.
–
Mas eu quero ficar aqui com você. – sua voz saiu rouca extremamente próxima do
meu ouvido. Ele sorriu quando eu me contorci levemente com um arrepio.
Abri
os olhos. Harry Styles, tão lindo e tão apaixonado na minha frente.
–
Eu te amo. – disse o abraçando.
–
Também te amo. Durma mais um pouco. – ele me abraçou de volta.
–
Mas eu tenho que trabalhar! – disse relutante com o rosto enterrado em seu
peito.
–
Tem certeza que você ainda quer trabalhar? – pude sentir ele sorrir quando sua
mão desceu vagarosamente pelo meu quadril, como se tivesse o desenhando, até
parar em meu bumbum.
–
Harry, você é muito pervertido! – gargalhei ainda abraçada em seu corpo. – Zoe
já deve estar sentindo nossa falta, por favor, vamos levantar.
–
Eu não estou te impedindo.
–
Mas também não levanta! Se você levantasse, eu iria levantar também.
–
Hmm. Não tô afim de levantar. – Harry jogou uma perna por cima do meu quadril,
me prendendo consigo na cama.
–
Harry, por favor… – choraminguei e levantei o rosto para encará-lo. – Cate vai
me matar se eu chegar atrasada.
–
Me dá um beijo primeiro.
Dei
um rápido selinho e Harry franziu a testa.
–
Desaprendeu a beijar? Se quiser que eu te ensine, não vai ser tão difícil.
Revirei
os olhos e encostei nossos lábios novamente, dessa vez com mais calma.
Harry mordeu meu lábio inferior e sorriu antes de me beijar novamente. Ele era
um vício, um vício muito, muito perigoso.
–
Só mais um. – ele pediu manhoso.
–
Não, Harry. Vamos levantar, anda! Tira essa perna de cima de mim. – ele me olhou
sem responder nada, o que era extremamente irritante. – Eu vou te bater, me
larga!
–
Bate.
–
Arrrrgh!
Ele
riu e me beijou de novo.
–
Quer que eu te solte, não é?
–
Adoraria. – respondi sem humor.
–
Não adianta ficar irritada, continua linda.
Por
que ele tinha que me fazer sorrir logo quando eu estava tentando ficar
chateada?
–
Tem certeza que eu devo te soltar?
–
Absoluta!
–
Tá bom. – tinha sido mais fácil do que eu imaginava. – Você não gosta de mim,
não quer ficar comigo. – ele virou pro outro lado e ficou dramatizando.
Idiota
era eu que ainda caia nesse teatrinho e conseguia ficar com pena. Eu não tinha
culpa se ele sempre ficava fofo fingindo estar triste.
–
Tá bom, desculpa. – beijei seu ombro e ele se virou. – Eu fico aqui com você. –
sorri. Ele me abraçou de novo e fechou os olhos, ainda com aquele sorrisinho
bobo.
–
Faz carinho. – ele pegou minha mão e colocou no seu cabelo.
Carência?
Nem um pouco, imagina!
(
. . . )
Cate
e Miguel estavam dentro da sala de reunião há horas. Eu começava a achar que
eles estavam trabalhando em outra coisa, se é que você me entende. Hoje o
estúdio não estava tão cheio, apenas alguns produtores conversando dentro das
salas de gravação, mas nada de importante. Eu precisava muito que Cate saísse
daquela reunião logo porque eu precisava saber se tinha algum ensaio hoje e
isso, só ela podia me responder.
–
Justin? – meu coração gelou no mesmo instante. Ele virou pra trás e eu
acreditei que realmente era ele.
–
Chris! – ele sorriu vindo em minha direção.
–
Nossa, pensei que não fosse lembrar de mim. – nos cumprimentamos com um beijo
em cada lado da bochecha.
–
Como não lembrar? Aquela apresentação no Brit foi épica!
–
Obrigada. – respondi sem graça. – E então? Você por aqui na gravadora, eu não
pensei que fosse…
–
Não, não. Na verdade só vim visitar uma amiga. – ele disse rapidamente.
–
Chris! Nossa, você já chegou? – Cate logo saiu da sala. Meu queixo foi no chão.
Justin Timberlake e Cate? Mas não era um tal de Miguel produtor que estava lá
dentro?
OMG,
não podia ser! Gente, que vontade de rir.
–
É, eu… Pois é, cheguei cedo. – encarei-a com um sorrisinho. Cate engoliu em
seco e disfarçou. – Eu só queria saber se tinha algum ensaio.
–
N-não. Hoje quase todos estão de folga.
–
Hm, tudo bem. – olhei para os dois, pela última vez. Nossa, eu era tão babaca!
Eu, no lugar da Cate, tinha me dado um soco bem no meio da cara. Sorri
discretamente depois de encará-los. Os dois ficaram vermelhos. – Então tá. Vou
indo nessa!
Cinco
passos depois e eu já estava caindo na gargalhada sozinha. Cate era tão
descarada! Como ela estava pegando o Timberlake aqui em N.Y e ninguém sabia?
Cara, eu podia ser paparazzi.
Apontei
a chave para a Range Rover e as portas destravaram. O estacionamento estaria
quase vazio, se Justin não estivesse indo embora também agora. Eu nunca vou me
esquecer desse episódio toda vez que olhar para ele. Nossa, eu preciso zoar a
Cate depois. Realmente preciso!
Liguei
o carro e parti em direção ao hotel. Ainda não tinha visto Zoe e á essa altura
Harry devia estar brincando na piscina do hotel com ela e a Lux. Escutei os
meninos dizer que iam ficar por lá hoje, não estavam muito a fim de sair.
Foi
praticamente impossível entrar no estacionamento do hotel com tanta fã em
volta. Devia estar todas as fãs misturadas, era uma multidão, buzinar não
adiantava. Os seguranças tinham que lutar duro para afastá-las do carro, eu
estava com medo de atropelar alguma delas acidentalmente.
Estacionei
rapidamente na primeira vaga á vista e peguei o elevador até a cobertura. Sou
impaciente com elevadores, mas subir vinte e dois andares de escada
definitivamente não é uma coisa que eu queira fazer por livre e espontânea
vontade.
Quando
as portas se abriram, o cenário relaxante de lazer e piscina estavam á minha
frente. Caminhei pela cobertura tentando encontrar os meninos, só os
achei alguns minutos depois. Eles tinham escolhido cadeiras de praia do lado de
trás da área.
Zoe
saiu do colo de Harry e veio correndo pro meu colo. Antes ela levou um tombo.
Ela ainda não está com a coordenação motora ainda excelente, mas está se
adaptando. O berreiro logo começou, tinha um pequeno machucado no joelho, mas
não era nada grave. Harry levantou, ele vinha até nós duas, achei que ele fosse
me ajudar á fazer Zoe parar de chorar, mas ele simplesmente passou por mim com
uma carranca, como se eu nem existisse.
–
Ei! – segurei seu braço, mas ele puxou de volta e continuou andando até entrar
no elevador. – Tudo bem, amor. A mamãe vai cuidar desse machucadinho. – beijei
sua testa e a levei comigo até o elevador, onde Harry já tinha entrado e sumido
há muito tempo. O que tinha dado nele?
Zoe
chorou, chorou por muito tempo. Aquela descida no elevador parecia estar
demorando séculos. Ela só tinha um ano, como podia quase perfurar meus tímpanos
com um simples choro? O pior de tudo era não conseguir fazê-la parar.
Entrei
no quarto e tudo o que eu vi foi Harry de bruços na cama, chorando e soluçando
ao mesmo tempo. Evitei falar algo, eu estava assustada demais. Primeiro ele me
tratava como uma estranha e de repente vinha pro quarto chorar. Entrei no
banheiro e tranquei a porta. Coloquei Zoe sentada na bancada e abri as portas
do armário procurando por um Kit de primeiros socorros.
–
Olha, a mamãe vai passar isso aqui, tá bom? Nem vai doer, posso? – mostrei o
vidrinho de remédio e Zoe assentiu. – Muito bem!
Destampei
o frasco e passei a primeira pincelada sobre o machucado no joelho de Zoe. Ela
mexeu a perna e faz uma carinha de dor que me deu pena, ao mesmo tempo vontade
de rir com tanta fofura.
–
Ardeu?
–
Ardeu mamãe.
–
É, eu não sabia que ia arder. Sinto muito. – peguei-a no colo e saí do
banheiro. – Senta ali com os ursinhos, ok? – coloquei-a no chão e dei um leve
empurrãozinho em suas costas. Ela andou até os brinquedos e sentou perto deles,
começando a conversar como se fossem gente.
Respirei
fundo e sentei ao lado de Harry.
–
O que está havendo? – tentei ser o mais serena possível. – Harry? Está me
ouvindo?
Ele
soluçou mais uma vez e mexeu as pernas.
–
Sabe, eu não gosto quando você me ignora desse jeito. Hoje você estava tão
carinhoso comigo, o que eu te fiz?
–
Você sabe o que fez!
–
Hã? Eu fiz o que, Haz?
–
Agora me chama de Haz? – ele sentou na cama. Os olhos inchados, a voz rouca de
tanto chorar. – Por que você fez isso? Por que comigo?
–
Harry, está me assustando! Eu não fiz nada com você.
–
Você saiu daqui pra se encontrar com outro cara! Você disse pra mim que só ia
trabalhar!
–
O QUE? – me levantei com o tamanho espanto. – Eu? Com outro cara? Harry, qual é
o seu problema? Zayn está te dando drogas?
–
Não adianta mentir pra mim!
–
Fala baixo! A minha filha, porra!
Harry
me encarou bufando.
–
Olha aqui, eu posso ser o que for, Harry. Posso ser qualquer coisa que você
quiser imaginar de mim, menos infiel. Eu honro isso aqui que eu levo no
dedo, eu sei respeitar quem me ama. Não admito que você venha do nada, dar um
ataque de periquita dizendo que eu fui me encontrar com outro cara! Eu quero
provas disso!
–
Então olha no seu celular. Qualquer site na Internet vai explicar tudo aquilo
que você já sabe. – ele me olhou com repugnância. – Agora eu entendo a sua
aproximação repentina com o Timberlake. Então era isso? O tempo todo era isso?
–
J...Justin Timberlake? Mas… Você ficou louco, é?
–
Então o que vocês dois faziam no mesmo estúdio? E por que estão dizendo que ele
foi visitar uma amiga dele em particular? Me explica, Christinne!
Eu
não estava acreditando. Tapei a boca, mas foi difícill controlar a gargalhada.
Harry ficou ainda mais vermelho, ele devia estar achando que eu estava de
deboche. Mas eu realmente estava rindo só por ter imaginado o que o Timberlake
foi fazer lá no estúdio.
–
Eu não fui me encontrar com o Justin! – respondi me recuperando dos risos. –
Ele foi pra ver a Cate!
–
Cate?! – Harry me olhou desconfiado. – Eu achei que você pudesse mentir melhor.
–
Harry! O que? Você não está acreditando em mim, é isso?
–
Christinne, eu estou chateado, tá. Me deixa!
–
Bebê, eu jamais mentiria pra você. Para de ser ciumento e acreditar em tudo
aquilo que sai em Internet. Pensei que você já soubesse lidar com essas coisas.
Ele
mal me olhou. Continuava com aquele bico e a cara emburrada.
–
Não sou ciumento. – respondeu.
–
Ah, não? – me sentei ao seu lado sorrindo.
–
Não.
–
Então é só protetor?
–
Sim. Tenho que cuidar daquilo que é meu. – ele me puxou para perto e me beijou,
mas ainda estava com a expressão tensa. – Me desculpe.
–
Você chorou tanto… – ri e passei a mão pelo o seu rosto, secando a umidade das
lágrimas.
–
Eu pensei que tivesse te perdido.
–
Nossa, Haz, você as vezes é tão bobo que me surpreende.
–
Desculpa se eu sou muito apaixonado por você. – ele sussurrou mordendo meu
lábio.
–
Eu amo você. – murmurei. – Só você.
(
. . . )
Enquanto
caminhava pelo backstage, tentava me concentrar em aquecer a voz. Já começava a
passar de sete horas da noite, já estava na hora do show. Alguém me deu um
microfone e eu subi na plataforma suspensa por cabos de aço que me levaria para
cima do palco. Fechei os olhos ao escutar a gritaria que se instalou na arena
quando o baterista começou a se aquecer.
A
plataforma subiu em um único impulso e a as luzes se acenderam. Milhares de
vozes, luzes, lágrimas, sorrisos, gritos. Aquilo era mais lindo que qualquer
outra coisa que eu já tenha visto.
–
Boa noite, Nova Iorqueeeee!
Eles
gritaram. O som da guitarra e violão começaram juntos na primeira canção da
noite. Pude ver Harry e os meninos na aréa de cima, no camarote, dançando e
cantando animados.
(
. . . )
A
banda cessou e eu aproveitei o intervalo para beber um pouco d’água. Os fãs
continuavam a cantar em coro a música que eu acabara de cantar, eles estavam
muito empolgados hoje.
–
Ok. – prendi o microfone no pedestal e respirei fundo. – Ahn, muitos devem
saber que eu tenho uma pessoa especial em minha vida.
Eles
gritaram e fizeram “Owns” infinitamente.
–
Essa pessoa está presente hoje. – olhei rapidamente para o camarote. Harry
pareceu ter se tocado de quem eu falava. – Eu sou muita grata por ter essa
pessoa comigo. Mesmo com todos os terremotos, ainda permanecemos sólidos e eu
sei essa pessoa é a pessoa certa porque… – silenciei e olhei pro chão.
Tentei secar uma lágrima em segredo, mas todos perceberam e gritaram mais
ainda. – Toda vez que nos olhamos um pro outro, bem dentro dos olhos, eu posso
ver toda a minha vida se passar ali.
–
Owwwwn! – todos fizeram em coro.
–
Então, eu quero dedicar essa música, que não é minha, á essa pessoa especial. –
olhei para Harry no aglomerado de fãs no camarote. Quase todos estavam olhando
pra ele, todos já sabiam de quem se tratava. Não era tão um segredo. – Se chama
You da One, da Rihanna. – me afastei do microfone e andei até a banda, pedindo
que fizessem uma melodia acústica, bem calma.
Andei
até o centro do palco e bati palmas no alto, incentivando a todos fazerem o
mesmo. A iluminação da Arena diminuiu. A maioria acendeu seus celulares no
alto, estava do jeito que eu queria que estivesse.
–
Você é o cara com quem eu sonho o dia todo. Você é o cara em quem eu penso
sempre.
Fechei
os olhos, me deixei levar por cada palavra.
–
Você é o cara certo, então vou me comportar. – sorri involuntariamente. Eu não
fui uma garota dos padrões normais, sempre tirei Harry do sério. Espero que ele
entenda estas palavras.
–
Meu amor é seu amor, seu amor é meu amor. – os fãs cantaram
juntamente, me fazendo ficar emocionada sem muito esforço.
Olhei
para o camarote. Não me importei de apontar, eu queria que todos soubessem
disso. E que Harry principalmente entendesse que não havia outro cara pra mim.
–
Amor, te amo. Preciso de você aqui comigo o tempo todo. Amor, somos feitos um
para o outro. Você me faz sorrir o tempo todo. – Harry sorriu ao longe.
Os meninos estavam sorrindo pra ele e dizendo algo que eu não podia entender. –
Pois você sabe como me fazer aquilo, você sabe me puxar de volta
quando eu fujo. Tentando fugir do seu amor. Você sabe como me amar
forte. Não vou mentir, estou me apaixonado forte. Estou me apaixonando por
você, mas não tem nada de errado aí.
Voltamos
pro refrão. Estava tudo absolutamente lindo. Todos aplaudiram fortemente quando
a música terminou, pisquei com o olho direito secretamente pra Harry. Ele deve
ter visto, ele me mandou um beijo de volta.
Ufa,
missão cumprida! Eu precisava me declarar ou acabaria ficando sufocada.
(
. . . )
Terminei
de tirar os saltos e pus um chinelo. Eu até podia ter disposição, mas agora que
estava no camarim, merecia descansar os pés um pouquinho. A noite foi
cansativa.
–
Por acaso é aqui o camarim de uma certa cantora chamada Christinne? – Harry
apareceu na porta.
–
Depende. Se você veio pela cantora, ela já está descansando faz tempo. Mas se
for pela Christinne… Talvez ela te atenda. – sorri de canto e ele se aproximou.
–
Eu amei o que você fez.
–
O que eu fiz?
–
Cantou aquela música. – ele sorriu bobo.
–
Mas não era pra você. – me fiz de desentendida e Harry bateu na minha cabeça de
leve. – Tá bom, parei. – ri. – Eu achei que fosse gostar.
–
E achou certo. – ele me beijou rapidamente. – Foi bom saber com aquela voz
linda que eu sou o único cara que te faz ficar comportada. – ele sorriu
malicioso.
–
Sinta-se honrado.
–
E eu achando que você não era nem um pouco comportada. Quer dizer que ainda
existe uma versão pior dessa Christinne?
–
Uhum, existe. E é melhor você tomar cuidado com ela.
–
Ok. – ela levantou as mãos, se rendendo. – Prefiro então essa Christinne
comportada. Que mesmo assim já me dá trabalho.
–
Ah, eu te dou trabalho, seu cachorro? – bati minha mão contra o peito de Harry,
que fez um barulho oco, mas não pareceu ter machucado. Harry anda bem forte
ultimamente.
–
Me chamou de quê?
–
De cachorro! Ca-chor-ro! – repeti. – Já devia saber disso há muito tempo.
Harry
ia dizer alguma coisa, mas Cate chegou e pediu que eu fosse até a outra sala
tirar foto com algumas fãs.
–
Depois a gente continua. – o beijei e Harry me olhou de um jeito sombrio e
malicioso, dos pés a cabeça.
Eu
sabia o que ele queria e era o mesmo que eu. Seria ótimo se a dose da noite
anterior se repetisse essa noite, eu ia torcer para que acontecesse.
–
Definitivamente vamos continuar. – ele respondeu antes de eu sair, me
arrancando risadas.
O que acharam do capítulo?
Desculpem a demora.
Malikisses, Biia.
Achei perfectttttt
ResponderExcluirContinuaaaa
Perfeito <3 continuaaaa
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